Fundamental para o desenvolvimento saudável da criança, estes cuidados, quando iniciados cedo, facilitam o hábito e a quebra de preconceitos.
A infância se divide em três partes: intrauterina (gestação, embrionária), primeira infância (de 0 a 2 anos) e segunda infância (2 a 10 anos). Dentro dessas fases há subdivisões que representam o desenvolvimento da criança.
A infância se divide em três partes: intrauterina (gestação, embrionária), primeira infância (de 0 a 2 anos) e segunda infância (2 a 10 anos). Dentro dessas fases há subdivisões que representam o desenvolvimento da criança.
Até os 18 meses a criança é totalmente dependente dos pais e/ou responsáveis para sobreviver. O crescimento do bebê se dá de forma rápida com o aparecimento dos cabelos, dentes e as primeiras palavras.
Após esse período a taxa de crescimento desacelera um pouco e as habilidades motoras e de fala aparecem mais. Aos 3 anos ela já possui um vocabulário de 800 a 1000 palavras.
A partir de 3 anos inicia-se o desenvolvimento social e ação. Crianças nessa faixa etária são muito ativas, com movimentos de alta intensidade e pouco tempo de duração, gastando um grande volume de energia. Esse gasto faz com que o corpo aparente uma estrutura ligeiramente mais fina e comprida. Elas começam a perder as formas arredondadas e os músculos e membros inferiores e superiores se alongam.
Dos 5 aos 9 anos o crescimento físico permanece gradual, mas se desenvolve principalmente no aspecto social, emocional e mental.
Para um crescimento saudável, é importante que os pais estejam atentos a alguns cuidados com alimentação e higiene, além do acompanhamento médico periódico que pode prevenir e detectar as principais doenças nessa fase da vida.
O que meu filho precisa comer?
Com o desenvolvimento da criança, a alimentação também muda e amplia das papinhas até os alimentos em pequenos pedaços. Nos primeiros meses de vida, após a amamentação exclusiva, a necessidade de algumas vitaminas e minerais são maiores para o desenvolvimento da criança. A ingestão deve ser aumentada em produtos que contenham ferro e vitamina A, priorizando os in natura e minimamente processados.
No decorrer do crescimento, a criança deve ter acesso a alimentos bem variados, com cores e texturas diferentes para desenvolver o paladar e ser um adulto mais saudável. Confira os 10 passos indicados pelo Ministério da Saúde para garantir uma alimentação saudável.
Passo 1
Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.
Passo 2
A partir dos seis meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.
Passo 3
A partir dos seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, frutas e legumes) três vezes ao dia se a criança receber leite materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada.
Passo 4
A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.
Passo 5
A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e gradativamente aumentar a sua consistência até chegar à alimentação da família.
Passo 6
Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.
Passo 7
Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.
Passo 8
Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
Passo 9
Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir armazenamento e conservação adequados.
Passo 10
Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.
Cuidados com a higiene
Criar uma rotina de cuidados básicos de higiene é a melhor forma de incorporá-los na infância e levá-los por toda a vida. Escovar os dentes, passar o fio dental, tomar banho diariamente, lavar as mãos todas as vezes que se utiliza o banheiro, antes das refeições e após chegar da rua, trocar de roupa todos os dias, limpar e cortar as unhas frequentemente e ainda limpar os ouvidos, evitando o uso de hastes flexíveis, são algumas dos hábitos que devem ser criados pelos pequenos desde cedo.
Acompanhamento do especialista
Até o momento do parto a gestante e o bebê são acompanhados pelo obstetra. Após o nascimento a criança passa a ser atendida pelo pediatra dentro da área da puericultura.
A puericultura avalia a criança de forma integral visando também sua família e o entorno. O profissional dessa área estuda o histórico familiar e as características de desenvolvimento da criança relacionadas ao crescimento, nutrição e psicomotor para orientar os pais na prevenção de doenças e acidentes.
O pediatra acompanha a criança durante toda a infância e só passa a ser considerada adolescente após os 12 anos, onde começa a receber atendimento do especialista em hebiatria.
Exames importantes
A prevenção de doenças começa desde cedo com a prática de hábitos saudáveis, visitas regulares ao médico e exames de rotina. A infância é um período de mudança, com o rápido crescimento da criança, e os exames variam de acordo com a idade e histórico familiar.
Do nascimento até completar 1 ano são indicados exames de rotina: hemograma, ferritina, urina e fezes. Com eles é possível diagnosticar casos de anemia, infecções e vermes.
A partir de 1 ano, com o desenvolvimento da criança, ela começa a engatinhar e levar qualquer objeto à boca. Essa ação aumenta as chances de contrair verminose. Nesse período ela também tem a inclusão de outros alimentos junto ou não ao aleitamento materno. Com toda essa ingestão, as possibilidades de uma doença parasitológica aumentam e não se pode deixar de fazer o exame de fezes anualmente.
Já aos 3 anos pede-se a aferição da pressão arterial da criança, principalmente se há histórico de hipertensão arterial na família. Taxas altas e fora do comum podem indicar problemas mais graves, como cardíacos e renais.
Com 4 anos é recomendado o teste cardiológico para qualquer criança que vai iniciar uma atividade física, principalmente em casos com histórico de problemas congênitos cardiovasculares, dor torácica e palpitação. É feito por meio de um teste de esforço.
Aos 10 anos é importante realizar a primeira análise de sangue para medir os níveis de colesterol, triglicerídeos e glicemia. Outros exames podem ser solicitados em qualquer fase da infância, desde que identificada a necessidade pelo pediatra.
- Audiometria: identifica problemas na audição. Geralmente é pedido quando a criança sofre com infecções no ouvido ou apresenta dificuldade na fala.
- Urina: é indicado em casos de suspeita de infecção urinária e serve como parâmetro da função metabólica do rim e do coração. A infecção pode ser um sintoma de outro problema mais grave.
- Sangue: é mais comum em suspeitas de colesterol, triglicérides, anemia e glicemia. Em geral, deve ser feito anualmente.
- Oftalmológico: no geral, deve ser realizado no período anterior ao início da vida escolar. Mas também pode ser realizado em casos de reclamações da criança para enxergar e dor de cabeça. Nas crianças menores, é possível identificar problemas em bebês que não acompanham com o olhar o movimento de objetos.
Comentários
Postar um comentário