Incontinência urinária afeta 40% das gestantes

No fim da gestação, o peso do bebê faz triplicar as idas ao banheiro da mulher grávida
Por Da Redação -Instituto Lado a Lado com a Vida.
Incontinência urinária afeta 40% das gestantes
O problema prejudica principalmente mulheres após a menopausa, quando 35% delas sofrem de incontinência urinária ao fazer algum esforço
A incontinência urinária, que é a perda involuntária da urina atinge uma grande parte das mulheres grávidas. O problema também acontece com homens, mas as mulheres são as que mais sofrem com os sintomas.
Uma pesquisa feita pela a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e o Instituto Lado a Lado pela Vida mostra que o problema prejudica principalmente mulheres após a menopausa, quando 35% delas sofrem de incontinência urinária ao fazer algum esforço. O estudo diz ainda que 40% das gestantes vão apresentar um ou mais episódios de incontinência urinária durante a gestação ou logo após o parto.
O final da gestação é o período em que isso mais afeta a rotina das mamães, quando a vontade de urina chega a triplicar nos últimos meses de gravidez. Isso acontece devido o peso do bebê e também do útero, que está distendido e com isso, comprime a bexiga.
Um dos sinais da incontinência é quando a mulher faz algum esforço forte ou inesperado, como tossir ou espirras e a urina vaza. Outro sintoma é quando não é possível segurar a vontade de urinar e também ocorre o vazamento. "Esse problema ocorre quando não é possível ter controle sobre a urina que sai da uretra, canal que leva a urina da bexiga para fora do organismo. A gestante não deve ignorar esse problema que aos poucos pode se agravar e apresentar características de dois tipos de incontinência urinária ao mesmo tempo", diz a ginecologista e obstetra Erica Mantelli.
A ginecologista explica ainda que o enfraquecimento das estruturas da pele, aumento da pressão no abdômen devido ao crescimento e posição do bebê e alterações hormonais durante a gestação são algumas motivações para o desenvolvimento da incontinência.
Existem alguns tipos de incontinência, como a mista e a de esforço. "A gestante precisa conversar sempre com seu médico e explicar seu seus sintomas para que ele defina com clareza quais são os tipos de incontinência que estão envolvidos", orienta a médica.
As gestantes geralmente desenvolvem a incontinência urinária mista. Para este tipo, o tratamento é baseado em mudanças de hábitos que melhoraram a qualidade de vida e o controle da urina. "A gestante pode apostar nos exercícios de Kegel, que sugerem a contração dos músculos do assoalho pélvico por 10 segundos e que pode ser praticado em qualquer hora do dia, ou reeducar a bexiga, urinando em horários programados. Porém esse exercício deve ser feito apenas com indicação médica", indica a ginecologista.
No dia a dia, uma opção para conter o vazamento da urina é usar absorventes. O tratamento varia de acordo com cada caso e o tempo também é definido por cada situação.

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