Americano de 15 anos cria teste para detectar o câncer de pâncreas

Após perder um amigo que faleceu da doença, o jovem decidiu pesquisar sobre o assunto
Por Vanessa Silva 
Americano de 15 anos cria teste para detectar o câncer de pâncreas
O texte que descobre a doença apresenta resultados 90% mais precisos e 26 mil vezes mais baratos do que os métodos atuais
Aos 15 anos, o jovem americano Jack Andraka foi premiado em primeiro lugar na Feira Internacional de Ciência e Engenharia da Intel, que aconteceu em 2012, por desenvolver um teste que diagnostica o câncer de pâncreas.
Segundo a apresentação de Andraka, o teste detecta a doença por meio da urina ou sangue do paciente, usando uma tira de papel. Se o resultado for positivo, a proteína mesotelina é que mostrará o câncer de pâncreas no paciente. De acordo com o jovem, o papel muda conforme a quantidade de mesotelina no sangue e por conta disso, é possível identificar a doença.
O método que descobre a doença apresenta resultados 90% mais precisos e 26 mil vezes mais baratos do que os métodos atuais, com custo de três centavos de dólar e o resultado fica pronto em menos de cinco minutos.
Com o prêmio de 75 mil dólares que conquistou na feira, o jovem pretende investir em pesquisas e se tornar um patologista. Além disso, estima lançar o teste no mercado em até cinco anos, em parceria com empresas como Quest Diagnostics e LapCorp, da área de diagnósticos, que apoiam o garoto.
A inspiração para a pesquisa veio quando um amigo do jovem faleceu de câncer de pâncreas. Ao pesquisas sobre a doença e se deparar com números expressivos, como o de que 85% dos casos deste tipo de câncer era descoberto de forma tardia, o adolescente se motivou a encontrar um método que pudesse salvar vidas.
Após muitos estudos chegou a conclusão que a mesotelina, proteína presente em casos de câncer de pâncreas, aparece em grande concentração na corrente sanguínea e também na urina, mesmo quando o paciente está em estágio inicial da doença.
Depois disso, o jovem procurou ajuda de professores e especialistas, e só recebia recusa. Mas o Dr. Anirban Maitra, professor da escola de medicina da Johns Hopkins, deu uma chance para Andraka, e o convidou para uma reunião.
O trabalho em conjunto durou sete meses até que o teste funcionasse. Com  a garantia do resultado, o garoto então conquistou o prêmio da Intel e atualmente se dedica aos estudos e pesquisa. O objetivo é desenvolver testes para detectar cerca de 15 tipos de câncer.

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