Pesquisa revela que muitas mulheres brasileiras não fazem mamografia

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Quase 20% das que têm entre 40 e 69 anos nunca fizeram exame no SUS. Na rede particular, índice é de 5%.
O câncer que mata mais mulheres, no Brasil, é o de mama. Mas quando a doença é descoberta bem no início, a chance de cura é praticamente de 100%. Mesmo assim, segundo uma pesquisa do Datafolha, 15% das brasileiras com idade entre 40 e 69 anos nunca fizeram a mamografia.
Vitamina C, remédio para garganta, para o nariz, dor no corpo. Tem gente que é assim: tossiu, espirrou, corre para a farmácia. Agora, e quando não é nem gripe nem resfriado e sim uma doença bem mais séria? Acreditem: tem gente que não quer nem saber o que é por medo.
Foi assim com a Sandra. Aos 50 anos, ela tem câncer de mama em estágio avançado. A doença chegou nesse ponto porque ela se descuidou. Não fez mamografia quando devia, mesmo depois que apareceu um nódulo no seio.
“Para quem morre de medo de médico, imagina exame. Eu já tinha antecedente na família próximo, que era minha mãe, então acho que isso deveria ter acendido o alerta, mas a gente sempre pensa: ‘não, as coisas só acontecem com os outros’”, conta a aposentada Sandra Lattarulo.
Tem muitas mulheres como a Sandra, que deixaram a saúde de lado. Uma pesquisa, feita em todo país, mostra que 19% das mulheres, de 40 a 69 anos de idade, nunca fizeram mamografia no Sistema Único de Saúde. Na rede particular, 5%.
Os médicos recomendam: quem tem casos de câncer de mama na família – avó ou mãe, por exemplo -  tem que começar a fazer o exame logo, normalmente com 30 anos de idade. As mulheres que não têm podem começar a prevenção um pouquinho depois, aos 40.
“Se você diagnostica um câncer de mama em estágio precoce, a chance de curar essa mulher é acima de 90%. No estágio 1 beira os 100%, chega próximo aos 100%”, explica o oncologista Rafael Kaliks.
Outro dado alarmante apontado pela pesquisa: 37% das entrevistadas disseram que o ginecologista não examina a mama na consulta.
“Se a gente não fizer essa mamografia e depender só do exame clinico e esse exame não acontece, o que vai acontecer? A gente vai acabar diagnosticando tarde e não vai curar a maioria dessas mulheres”, alerta Rafael Kaliks.


















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