PROGRAMA DIABETES NAS ESCOLAS

PROGRAMA LEVA CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE DIABETES ÀS ESCOLAS

Juliana Conte
diabetesiStock_000004272161SmallDiabetes pega? Por que ele tem que tomar injeção? Ele é viciado?
Questões como essas ainda são bastante comuns aos ouvidos de crianças portadoras de diabetes tipo I, enfermidade diagnosticada na infância e caracterizada quando o pâncreas para de produzir completamente a insulina. Com isso, o organismo torna-se incapaz de controlar a quantidade de glicose no sangue. São cerca de 12 milhões de pessoas (tipo I e tipo 2) acometidas no país.
Além da própria criança que tem a doença, em ambiente escolar é muito comum que colegas fiquem com dúvidas. Muitos pais se queixam da dificuldade em matricular o filho com a enfermidade nas escolas, sejam elas públicas ou privadas.
Para diminuir o estigma e tentar informar melhor as pessoas acerca do problema, a empresa farmacêutica Sanofi, juntamente com a IDF (Federação Internacional de Diabetes) e a ADJ (Associação de Jovens Diabéticos), lançaram dia 05/08/2014 o programa Kids and Diabetes in Schools (Crianças e o Diabetes nas Escolas). Tal iniciativa contemplará 15 escolas públicas e privadas (13 em São Paulo e 2 no Ceará), contabilizando 15 mil estudantes, e será direcionado a crianças de 6 a 14 anos. O programa tem o apoio do Ministério da Saúde e das Sociedades Brasileiras de Diabetes e de Pediatria.
“Infelizmente, ainda existe muita falta de conhecimento e informação sobre o diabetes. A ideia do programa é criar um ambiente acolhedor dentro das escolas, onde as crianças portadoras do diabetes tipo I não sejam mais hostilizadas”, explica o médico David Chaney, representante da IDF. 

Lisandra Paes, coordenadora pedagógica da Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Derville Allegretti, que foi a primeira a implantar esse projeto piloto, relata que as mudanças já estão acontecendo. “Educação sobre diabetes é fundamental. As crianças passam mais tempo na escola que em casa, com a família. Com o treinamento, o professor consegue reconhecer se o aluno está com sintomas de hipoglicemia. Então é possível socorrê-lo, agir com rapidez”, destaca Lisandra, que também tem uma filha com diabetes tipo I.
“Já tive matrícula da minha filha recusada diversas vezes. A direção da escola alega que não tem como tomar conta se ela tiver uma crise de hipo ou hiperglicemia, por exemplo. Eles não falam que não querem a criança, mas impõem uma série de exigências. Ela também já ouviu vários coleguinhas dizendo que é contagioso, que não era para chegar perto”, afirma.
Programa
Serão realizadas oficinas práticas sobre o tratamento e controle do diabetes com profissionais, educadores e pais de alunos com diagnóstico de diabetes tipo I. As atividades duram um dia e envolvem explicações sobre a doença, tipo ideal de alimentação em situações especiais, atividades físicas, além das complicações mais comuns que podem acontecer com um aluno diabético.
Com as crianças de 6 a 14 anos serão realizadas atividades lúdicas, com jogos, brincadeiras e distribuição de kits explicativos.
As escolas que se interessarem pela iniciativa (sejam das redes municipal, estadual ou privada) têm até outubro para procurar a ADJ. Um dos critérios é que a instituição tenha, pelo menos, dois alunos matriculados com diabetes tipo I. Como não é possível promover as atividades em todas as 200 mil instituições de ensino do país, os diretores das escolas poderão fazer odownload gratuito do dossiê informativo para obter informações e realizar a capacitação de suas equipes.
Para mais informações, entre em contato com a ADJ: 0800-10-06-27

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