Barretos, referência no
tratamento, recebe fotos para uma primeira avaliação da doença de pele
O
Hospital do Câncer de Barretos conta agora com uma novidade no diagnóstico do câncer de pele. A descoberta da doença pode ser feita à distância, apenas com uma foto enviada por e-mail.
“
Enfermeiros e responsáveis pela rede de saúde de outras cidades são convidados a fazer um treinamento de três dias em nossa unidade para que possam iniciar o trabalho em suas cidades. Aqui, eles aprendem, inclusive, como tirar a foto corretamente”, disse o médico Carlos Eduardo Goulart Silveira, responsável pelo Instituto de Prevenção do Hospital do Câncer de Barretos.
De acordo com o
médico, essa medida foi tomada devido à escassez de especialistas em diversas regiões do país. “Há cidades com um déficit lamentável de profissionais disponíveis para atender a população. O correto seria que um médico atendesse 250 pessoas no máximo, mas a realidade mostra que, em determinadas cidades, um médico tem de atender mais de nove mil pessoas.”
O hospital recebe as fotos sem nenhum tipo de custo. A resposta é dada no mesmo dia do envio. Caso seja detectada alguma possível evidência de câncer, a pessoa é convocada para ir até Barretos passar por uma avaliação presencial, também gratuita. “Se forem encontradas características de uma lesão maligna, nós oferecemos uma consulta na mesma semana para que o diagnóstico seja concluído”, disse o médico.
Segundo o
especialista, a taxa de concordância entre os exames feitos pessoalmente e os por meio da fotografia chegou aos 85%. “Além de ser um índice de diagnóstico alto, o paciente ainda tem o privilégio de só se deslocar até Barretos se for necessário”, diz.
Desde a implantação desse sistema de diagnóstico, mais de 900 fotos foram analisadas. Neste ano, 50 pessoas foram detectadas com a doença e seguem em tratamento no hospital.
Além das cidades da região de Barretos, como Colina, Bebedouro, Viradouro e Guaraci, outros 200 profissionais já foram treinados nos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Pará. “A intenção é de que todas as regiões do Brasil tenham pessoas preparadas para esse sistema”, disse o médico.
O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum em todo o mundo, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer). Até o fim do ano, mais 130 mil pessoas serão diagnosticadas com a doença.
Fonte: Rede Bom Dia
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