Saiba como prevenir e tratar o câncer de mama
fazendo atividade física
Não há
dúvida de que suar a camisa auxilia na prevenção e no tratamento da doença. A
grande novidade, porém, é que cientistas vêm delimitando a quantidade e o ritmo
perfeitos para potencializar o efeito dos exercícios.
Exercícios
leves, moderados ou intensos?
Pesquisadores
da Universidade de Estetino, na Polônia, revisaram um monte de artigos sobre o
impacto dos exercícios na prevenção de diversos cânceres. Com esses dados em
mãos, eles apontaram que as mulheres com menor probabilidade de desenvolver um
nódulo maligno nos seios dedicavam sete horas ou mais na semana às atividades
físicas. Detalhe: elas treinavam em um ritmo de moderado a intenso. "Pelo
visto, não é qualquer caminhadinha de final de semana que confere a maior
proteção contra esse tumor, embora esse hábito seja bem melhor do que ficar
parado", pondera o oncologista Marcelo Rocha de Sousa Cruz, do Centro
Oncológico Antônio Ermírio de Moraes, em São Paulo.
Mesmo
diretrizes mais brandas, como a adotada pela Sociedade Americana de Câncer, que
propõe duas horas e meia de ralação vigorosa por semana, exigem bastante do
corpo. "Entre outros benefícios, esforços dessa magnitude elevam
significativamente o gasto metabólico", informa o professor de educação
física Cassiano Merussi Neiva, da Universidade Estadual Paulista, em Bauru. Com
isso, cai o risco de a barriga inflar, algo importante, uma vez que a obesidade
aumenta a produção de hormônios como estrogênio e insulina, que, em excesso,
podem patrocinar o câncer de mama.
Contudo,
até tipos dessa doença que não mantêm ligações com hormônios aparecem menos
entre quem malha com frequência. "Esse hábito, por si só, controla inflamações
pelo organismo, outro fator por trás de tumores", justifica a fisiatra
Christina May Moran de Brito, coordenadora do Serviço de Reabilitação do
Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista.
A
importância dos exercícios em mulheres com câncer
Uma
mulher já diagnosticada com câncer de mama também leva vantagem ao se
movimentar regularmente. "Os exercícios eliminam o excesso de lipídios que
circulam no sangue. Aí, essas moléculas não são tão aproveitadas pelo tumor
como substrato para seu desenvolvimento", descreve Merussi Neiva. "A
atividade física ainda reduz a formação de vasos ao redor do câncer, que servem
para abastecê-lo de sangue", completa Christina. Em outras palavras, é
como se corridas e pedaladas auxiliassem a matar o inimigo de fome.
Bom, mas
qual a dose ideal de agito para esse grupo de mulheres? A Sociedade Americana
de Câncer estipula as mesmas metas que mencionamos anteriormente. Já aquela
revisão polonesa também citada destaca que, segundo os estudos avaliados, as
pacientes que puseram o próprio corpo para se mexer - em intensidade ao menos
moderada - de três a cinco horas por semana eram as com maiores taxas de
sobrevivência. Entretanto, antes de correr em busca desses objetivos, quem
enfrenta a doença precisa tomar precauções específicas para não ameaçar a sua
recuperação. "É absolutamente necessário se submeter a uma avaliação
completa com o objetivo de identificar eventuais restrições de movimento ou uma
anemia, por exemplo", observa Sousa Cruz.
Mas que
fique claro: não é proibido calçar o tênis e dar suas passadas por aí durante o
tratamento. Os exercícios atenuam o cansaço e as náuseas, efeitos colaterais
decorrentes da própria terapia. Além disso, tirar o corpo do marasmo promove
mais autonomia à paciente, melhora seu bem-estar e ainda ajuda a paciente a
relaxar e dormir com mais facilidade.
E a
musculação?
Verdade
que a maioria dos artigos se debruça sobre o potencial das atividades
aeróbicas, como caminhada e corrida, contra o tumor de mama. No entanto,
levantar peso cerca de duas vezes por semana também deveria integrar o
protocolo de treinamento das mulheres acometidas pela doença. "O exercício
resistido diminui o linfedema, um inchaço que às vezes aparece nos braços
delas", exemplifica Merussi Neiva.
O poder da
ioga
Na
americana Universidade do Estado de Ohio, mulheres com câncer de mama
realizaram essa prática duas vezes por semana. Após três meses, elas
apresentaram uma menor concentração de substâncias inflamatórias, que colaboram
para o tumor. "Afora ser um exercício físico, a ioga, por incluir a
meditação, aplaca o estresse, outro fator que gera inflamações", explica a
autora do experimento, Janice Kiecolt-Glaser.
Theo Ruprecht - Edição: MdeMulher
Fonte
Consultada:http://mdemulher.abril.com.br/saude/reportagem/prevencao-trata/saiba-como-atividade-fisica-prevencao-tratamento-cancer-mama-787555.shtml
Muito interessante sua postagem. Há matérias que devem ser lidas e que são úteis a muitas mulheres.
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