SENADO LIBERA PÍLULA DO CÂNCER

A pílula do câncer já rendeu polêmica e tanto! Mas com tanta coisa acontecendo no Brasil, ela acabou sendo deixada um pouco de lado. Mas agora ela volta um pouco para os holofotes. O motivo? O Senado aprovou na terça feira (22) o projeto de lei que libera o  o uso de fosfoetanolamina para pacientes diagnosticados com tumores malignos. O próximo passo é passar pela Presidente (que pode aprovar de vez ou não). O grande debate envolve o fato que a pílula ainda não passou por muitos testes.
A matéria da Exame explicou:
Pelo texto votado, fica autorizado legalmente o uso da substância para pacientes que apresentem um laudo médico comprovando o diagnóstico da doença e assinem um termo de consentimento.
O projeto diz que o uso voluntário da fosfoetanolamina não exclui o direito de acesso a outros tratamentos contra o câncer.
Atualmente, o uso da substância é proibido e o remédio não é reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também não estão claros os efeitos da fosfoetanolamina nos pacientes.
A proposta aprovada permite a produção, importação, distribuição e prescrição “independentemente de registro sanitário, em caráter excepcional, enquanto estiverem em curso estudos clínicos” da substância.
Somente agentes autorizados pelo governo poderão produzir e distribuir a pílula.
O Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica posicionaram-se contra a aprovação do projeto de lei, por ser “um risco à saúde pública”.
As três entidades afirmaram, em nota, que a decisão dos parlamentares “faz o Brasil regredir décadas em sua escalada civilizatória”, pois eles “desprezaram a necessidade de realizar pesquisas clínicas” antes de liberar o medicamento.
“É fácil entender que os pacientes com câncer e seus familiares percam as esperanças e passem a procurar soluções mágicas. Não podemos, porém, aceitar que as instituições também se curvem ao desespero e à irracionalidade”, escreveram.
O Ministério da Saúde não se manifestou. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou ver “com preocupação” a aprovação do projeto, já que a fosfoetanolamina não passou “pelos testes que garantem sua segurança e eficácia”.
Destacou que não há projeto protocolado para ensaios clínicos ou solicitação de registro da substância.
Segundo a Anvisa, “liberar medicamentos que não passaram pelo crivo técnico seria colocar em risco a saúde da população e retirar a credibilidade da Anvisa e dos medicamentos fabricados no País”.
E você? O que acha?


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