MENINA DE 12 ANOS FICA CARECA PARA APOIAR AMIGA EM TRATAMENTO DE CÂNCER

Ao descobrir que a amiga de infância estava com leucemia, a amapaense Amanda Maria Raposo, de 12 anos, decidiu raspar a cabeça para apoiar no tratamento da também jovem Giovanna Redig, de 12 anos, contra a doença. A emocionante parceria ganhou as redes sociais no Amapá. Giovanna faz tratamento há um mês.
“A Giovanna é muito vaidosa e quando eu a vi sem cabelo, pensei que deve ter sido um sofrimento, um baque muito grande. Sempre pensei que se fosse para ela passar pelo que ela está passando, que não fosse só. Aí eu resolvi raspar e fazer essa homenagem para ela. Assim, ela tenta combater o câncer com mais determinação”, falou Amanda Maria.
Mais de 2,6 mil quilômetros separam as amigas amapaenses, que vivaram símbolo de amizade nas redes sociais.
“Eu não chorei quando eu raspei o cabelo, e eu até gostei. A minha amiga também fez, foi um gesto muito bom. Eu amei. Quando ela falou que ia raspar, eu nem acreditei. Mas depois ela falou que ia fazer do mesmo jeito e não ia desistir de mim. O cabelo, quando a gente raspa, não vai deixar de ser feminina, cabelo cresce”, disse Giovanna.
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A paciente gravou um vídeo no quarto do hospital onde faz tratamento há um mês, agradecendo o apoio da família, amigos e desconhecidos. Ela mandou um recado para pacientes com câncer no sangue.
Amanda lembra que perdeu o contato com Giovanna quando a amiga mudou de horário na escola. Com a notícia da doença, a amizade ressurgiu e deu forças para a paciente continuar o tratamento.
“Eu tô me sentindo bem. É bacana de passar a mão [na cabeça]. Está sendo até divertido para mim. A gente ficou mais próximas, começamos a lidar melhor com a doença. O cabelo é só um acessório. Não vai me fazer ser menos feminina. Continuo sendo eu. Cabelo cresce”, lembrou Amanda.
Doença
De acordo com a mãe de Giovanna, a nutricionista Louise Regrid, de 29 anos, a filha pode estar no fim do tratamento. De São Paulo, ela contou, por telefone, que a filha passou por duas etapas de quimioterapia e que, na última, restavam 2% de células cancerígenas na medula.
“Ela fez um tratamento forte e contínuo. Ela não reclama, só fica mal durante a quimioterapia, mas está cantando, dançando, se divertindo. Ela está sendo muito guerreira. Inclusive o corte de cabelo foi iniciativa dela. Estamos nos surpreendendo com a Giovanna”, falou Louise.
Segundo ela, a doença da filha foi descoberta depois de surgirem manchas na pele da adolescente. Após consultas ao dermatologista, dores na mandíbula e exames, a família recebeu a informação de que Giovanna poderia estar com alguma doença no sangue. Encaminhada para a cidade paulista, ela iniciou o tratamento no dia 1º de janeiro.
“Quando eu recebi a notícia foi um baque muito grande, eu não chorei muito porque eu sabia que eu poderia ser curada. Eu acredito muito em Deus, rezo todos os dias para que eu consiga batalhar, consiga ter mais fé e me curar de tudo”, falou Giovanna, no vídeo.
Fonte: G1

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