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Ciência comprova que a fé pode reduzir o risco de doenças como câncer

meditação-benefícios-estresse-e1374693354179Aos 25 anos, a relações-públicas Bruna Paranhos foi surpreendida em seus exames de rotina com um diagnóstico revelador: estava com um nódulo no seio. Ao consultar um mastologista do Hospital A. C. Camargo (SP), descobriu que precisava realizar uma biópsia e verificar a gravidade do problema. O resultado sairia somente em duas semanas.
“Foi uma época sofrida, mas me entreguei à fé. Pedia a Deus todos os dias pela minha cura, comecei uma corrente de orações, e nunca tive dúvida de que a minha fé me curaria”, diz. Otimista, retornou ao hospital e viu a surpresa do oncologista ao constatar que o nódulo não era grave. “O especialista imaginou que eu estava com um carcinoma (tumor maligno), mas, no fim das contas, ele era benigno e nem foi preciso retirá-lo”, conta.
Essas e outras histórias são muito comuns na rotina de hospitais de todo o mundo. Porém estão longe de ser crendice popular ou misticismo. A ciência comprovou que a fé pode até curar. Nesse contexto é importante destacar que a espiritualidade e a religião são fatores diferentes.
Espiritualidade e cura
Para Niura Padula, neuropediatra e pesquisadora da Universidade Paulista de São Paulo (Unesp), a religião é uma somatória de dogmas e ritos preconizados por um determinado grupo. “Já a fé é a conexão com algo mais profundo, não precisa necessariamente estar ligada a nenhuma religião, mas sim com o exercício de ética, da moral, da caridade e solidariedade”, explica.
A ligação entre espiritualidade e saúde é conhecida desde o início das culturas mais antigas. Mas, desde que a ciência começou provar as origens das doenças “físicas”, foi feita a divisão: religião cuida do espírito e ciência, do corpo.
“Agora se sabe que além do corpo também temos o lado espiritual, e podemos unir ambos e chegarmos à espiritualização da medicina. Assim podemos fazer melhores diagnósticos e aprimorar os processos de cura”, diz o especialista Niura.
Fonte: Revista Viva Saúde

Células-tronco descobertas na pele podem ajudar na prevenção do câncer

O resultado foi obtido após testes das teorias mais difundidas sobre a regeneração da pele.
Foto: Reprodução
Até hoje os cientistas não concordavam sobre como se dá a constante regeneração da pele, mas uma nova pesquisa da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, pode ter encontrado a resposta. A teoria defendida pelos engenheiros e biólogos, que trabalharam em parceira com a empresa Procter & Gamble, é que a pele tem células-tronco instaladas em sua camada mais baixa que ficam “adormecidas” até que, por algum motivo, sejam convocadas a acordar e iniciar a multiplicação, fato que pode justificar a constante renovação do maior órgão do corpo humano.
O resultado foi obtido depois que as três teorias mais difundidas sobre a regeneração da pele foram testadas durante três anos em um modelo computadorizado que simula a biologia das camadas da pele humana. Duas delas falharam e apenas a aplicação de uma teoria chegou ao fim deste período com resultados satisfatórios.
“A teoria que parece melhor se encaixar é que a pele tem uma população de células-tronco adormecidas, estabelecidas na última camada da pele, mas que não estão constantemente se dividindo. E, quando a pele for danificada ou então quando o número das células maduras em bom estado for diminuindo, estas células são ‘acordadas’ para, através de multiplicações, formarem inúmeras novas células”, explica o Dr. Xinshan Li, responsável pela pesquisa. Este mecanismo esclareceria o motivo da pele estar em constante regeneração apesar de qualquer condição adversa.
O estudo observou ainda que o corpo perde estas células adormecidas gradualmente ao longo do tempo, o que justificaria a redução da habilidade de regeneração com o avanço da idade. “Toda vez que acordamos estas células, para cicatrizar uma ferida ou substituir células mortas, algumas delas não voltam a ‘dormir’ novamente, o que reduz a população destas células-tronco. Isso explicaria porque peles de pessoas mais velhas têm cicatrização mais lenta e, em parte, explica também porque a pele muda com o passar do tempo. Assim, conhecendo estes mecanismos melhor, podemos encontrar formas de combater os efeitos no envelhecimento na pele”, afirma.
Evolução – O modelo computadorizado da pele é a maior evolução da ciência para o estudo deste órgão e, ao contrário dos métodos tridimensionais e da coleta de pele humana convencional, que permitem o estudo apenas por semanas ou meses, este novo método faz com que os efeitos na pele sejam observados e acelerados, simulando o passar de anos e até de décadas. Este fator é de especial importância para estudos que ajudem na prevenção e no tratamento do câncer de pele. Foi observado também que os efeitos dos raios UV ao longo dos anos ou ferimentos crônicos podem fazer com que estas células-tronco que estão adormecidas abriguem algum tipo de mutação e, quando elas se multiplicarem, poderão dar origem a um tumor. “As células-tronco podem guardar mutações por muitos anos sem nenhum efeito para o corpo, mas desde que não se multipliquem”, explica o responsável pelo estudo.
“Estudar este fenômeno pode possibilitar maneiras de prevenir a multiplicação das células com mutação e reduzir as chances de desenvolver câncer de pele”, complementa Dr. Xinshan Li. Outras partes do corpo, como os revestimentos do pulmão e do intestino e mesmo a córnea, também se regeneram como a pele, por isso, os pesquisadores já começaram a estudar se o fenômeno das células-tronco também se aplica a estes órgãos.
Fonte: Terra

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