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Foro de Pacientes com Câncer de Mama discute retrocessos e avanços Share Button

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Foro de Pacientes com Câncer de Mama
Com a participação de sociedades médicas, associações de pacientes, parlamentares, jornalistas e blogueiros, evento debate dificuldades da paciente em estágio avançado e entraves relacionados a processos regulatórios e pesquisa clínica no Brasil.
No último dia 28 de agosto, aconteceu o “Foro de Pacientes com Câncer de Mama: acesso aos tratamentos no Brasil”, em meio à 10ª edição do Câncer de Mama Gramado (RS) 2015, um dos eventos mais tradicionais do país que discute as temáticas relacionadas ao câncer. Para o Dr. Rafael Kaliks, oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e diretor de Oncologia do Instituto Oncoguia, há muito a ser discutido na área de câncer no país. “Entre os principais pontos de melhoria estão o aumento à aderência da mamografia, melhorar e integrar a regulação, desburocratizar a pesquisa e eliminar qualquer viés protecionista, além de transformar a pesquisa em assistência ao paciente”.   O tema que gerou bastante discussão e questionamento por parte de todo o público foi a última revisão e atualização de procedimentos da Agência Nacional de Saúde (ANS). Nessa revisão, que estava em Consulta Pública (59) até o último dia 18 de agosto, um dos principais medicamentos orais para câncer de mama avançado, o everolimo, foi retirado do novo Rol. Essa retirada foi considerada um retrocesso tanto pelos representantes de Sociedades Médicas quanto pelas Associações de Pacientes presentes no evento.   Segundo o Dr. Carlos Barrios, diretor executivo do LACOG (Latin American Cooperative Oncology Group) e Diretor do Instituto de Oncologia Mãe de Deus, de Porto Alegre (RS), organizador do Câncer de Mama Gramado, as mulheres que sofrem de câncer de mama avançado enfrentam desafios distintos daquelas que estão na fase inicial da doença. “Isso se deve aos recursos limitados de tratamento disponíveis. O objetivo do tratamento na fase avançada é controlar a doença. Novas opções de tratamento, como a terapia-alvo, estendem a vida dessas pacientes com efeitos colaterais menos agressivos. Se não nos atentarmos devidamente ao cenário oncológico e suas problemáticas, a doença será endêmica e teremos a maior mortalidade em câncer até 2025”.   Na segunda parte das discussões, as Associações de Pacientes (Femama, Amucc e Oncoguia) destacaram o verdadeiro papel na hora de engajar os pacientes a reivindicar e conquistar seus direitos. De acordo com Maira Caleffi, presidente voluntária da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas em Apoio à Saúde da Mama (Femama), os maiores desafios para o advocacy são promover a conscientização e o engajamento, influenciar a formulação de políticas, cobrar, fiscalizar e promover informações adequadas para o paciente.
Fonte: FEMAMA

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