A HISTÓRIA DA MASTOLOGISTA ILNÁ ESCÓSSIA, QUE VIVEU DE PERTO O CÂNCER DE MAMA E CRIOU UM GRUPO DE APOIO PARA MULHERES

A médica cearense Ilná Escóssia tem uma longa história com o câncer que, mesmo com tantas dificuldades, acabou se traduzindo em ações positivas: um interesse profissional pela área e o ativismo pela prevenção da doença. Seu aprendizado traz informações importantes e uma mensagem de força para quem já teve a doença ou quer se prevenir.

Diagnosticada com câncer de mama aos 38 anos, em 1998, Ilná passou por uma cirurgia, na qual uma das mamas foi retirada, sessões de quimioterapia e radioterapia. Depois, recuperada, percebeu que seu trabalho poderia ser importante para outras mulheres que passam pela mesma jornada: decidiu abandonar a obstetrícia e começou a estudar mastologia, criando um grupo de apoio com atendimento gratuito para mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Se mesmo ela, que era médica, tinha sentido falta de informação, como seria para mulheres com outras formações?

Em 2008, a história continuou com o surgimento de metástases — rapidamente estabilizadas com a ajuda de novos medicamentos. Em 2014, mais um capítulo: depois de vários exames, Ilná foi diagnosticada com um tipo de câncer inflamatório raro que acomete a mama. Vieram a mastectomia da mama esquerda e novas sessões de quimio e radioterapia. Mas Ilná continua firme.

O grupo fundado por ela, batizado de Amar, recebe e ajuda mulheres de todas as idades. E a prevenção, de acordo com Ilná, é um passo muito importante: “a doença é tratável e tem cura quando diagnosticada precocemente. Muitas mulheres ainda têm medo da mamografia e dizem que dói. Sempre digo que é melhor a dor do exame do que a dor do diagnóstico de câncer”.

Além da mamografia, Ilná enfatiza a importância de um estilo de vida que incorpore os cuidados preventivos. Entre seus conselhos estão a diminuição da gordura na alimentação — segundo estudos, seu consumo está ligado ao câncer —, a prática de atividade física, ficar bem longe do cigarro, buscar o equilíbrio emocional e uma rotina menos estressante.

Fonte: BBC Brasil // http://bbc.in/1L9SRSh
 

Comentários