O que fazer após o tratamento do câncer de mama

Por Ricardo Caponero 
O que fazer após o tratamento do câncer de mama
Saber o que fazer após o tratamento do câncer é tão importante quanto passar pelo tratamento correto
Veja algumas questões que fogem dos temas mais divulgados quando se trata do câncer de mama. Mais que a necessidade de fazer mamografias, os tipos de tratamentos e cirurgias, é importante saber o que fazer após o tratamento dessa neoplasia.
Portal Lado a Lado pela Vida: É preciso tomar algum medicamento/hormônio após a mastectomia?
Dr. Ricardo Caponero: A indicação de tratamentos após a cirurgia depende do tipo de câncer de mama e do estadiamento (o quanto a doença se espalhou localmente e, eventualmente, para fora da mama). A necessidade de tratamento, dito adjuvante, e o tipo de tratamento a ser adotado é um assunto bastante vasto e que precisa ser discutido em detalhes. O importante é saber que há vários tipos de câncer de mama, e cada um deles pede um tipo de tratamento.
Portal Lado a Lado pela Vida: Quais são os recursos disponíveis após o tratamento?
Dr. Ricardo Caponero: Há múltiplos recursos disponíveis, incluindo anticorpos anti-HER2 (imunoterapia); vários medicamentos de quimioterapia tradicional; vários tipos de terapia anti-estrogênica (terapia hormonal) e, mais recentemente, a incorporação de um inibidor de uma proteína, denominada mTOR (o everolimus).
Portal Lado a Lado pela Vida: Qual é a periodicidade do acompanhamento médico após o tratamento?
Dr. Ricardo Caponero: Também depende do risco de recidiva (retorno da doença). Pacientes com risco maior devem fazer visitas mais frequentes. Já as pacientes com menor risco podem ser vistas de forma mais espaçada. Não há uma padronização universal. Até mesmo o grau de ansiedade da paciente pode influenciar na frequência de retorno ao consultório.
Portal Lado a Lado pela Vida: Quais exames são solicitados nesses retornos de acompanhamento?
Dr. Ricardo Caponero: Essa questão também não tem uma resposta universal. Como estamos lidando com mais de um tipo de câncer de mama e com riscos absolutamente distintos, as solicitações variam desde não pedir nenhum exame (quando a paciente não apresenta sintomas) procedendo apenas a análise física; até a realização de ressonância magnética de crânio a cada 6 meses, no caso de pacientes com sobre-expressão do HER2 e doença localmente avançada.
Portal Lado a Lado pela Vida: Como agir durante as consultas de acompanhamento?
Dr. Ricardo Caponero: É importante que a paciente faça suas queixas e que elas sejam ouvidas de forma adequada. Também deve ser realizado um exame físico. Todos os achados de exame e todas as queixas clínicas relevantes devem, obrigatoriamente, ser investigadas.

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