Mercado de intercâmbio cresce 600% nos últimos dez anos

Dado é da pesquisa “Mercado de Educação Internacional e Intercâmbio do Brasil”, divulgada em 2013
Por Da Redação -
Mercado de intercâmbio cresce 600% nos últimos dez anos
A ampliação do sistema aéreo brasileiro e o aumento do número de voos contribuem para as mudanças favoráveis desse mercado
Em 2003, 34 mil brasileiros realizaram algum curso no exterior e, dez anos depois,  esse número chegou a 202 mil. A pesquisa “Mercado de Educação Internacional e Intercâmbio do Brasil”, encomendada pela Belta e divulgada ano passado, revela que um dos fatores que tem impulsionado esse crescimento é aumento do poder aquisitivo da classe C. Essa classe é composta por 180 milhões de brasileiros, que representam 54% da população do Brasil, é já se tornou um dos principais consumidores do mercado de turismo.
“Desde 2003 temos registrado um crescimento de 15 a 30% ao ano”, disse Carlos Robles, presidente da Belta. Para 2014 a expectativa da Belta é que sejam quase 240 mil estudantes brasileiros fazendo cursos fora do país. Segundo dados do estudo “Faces da Classe Média” - realizado pela Serasa Experian e pelo Instituto Data Popular - até o final de 2014, a expectativa é que mais de três milhões de viagens internacionais deverão ser vendidas para pessoas com renda mensal per capita entre R$ 320,01 e R$ 1.120.
Segundo pesquisa da Belta, a procura de intercâmbio por estudantes da classe C tem sido a mais expressiva. De 2010 para 2012 as agências de intercâmbio registraram aumento de quase 4% na busca de programas no exterior por estudantes da classe C, e de 1% pela classe B. Já a classe A apresentou uma queda de quase 1%. A ampliação do sistema aéreo brasileiro e o aumento do número de voos contribuem para as mudanças favoráveis desse mercado.

De acordo com a ANAC, 19,3 milhões de pessoas realizaram viagens internacionais, um aumento de 2,5% sobre o ano anterior. Em 2014, só em abril, mais de 505 mil passageiros viajaram para o exterior por empresas aéreas brasileiras, sendo esse o maior volume mensal já registrado nos últimos dez anos pela ANAC.
Com o Brasil tendo uma maior oferta de voos para diferentes destinos as agências de intercâmbio conseguem atuar com tarifas melhores e oferecem programas para destinos mais em conta e poucos conhecidos por estudantes. Além da passagem aérea, o estudante tem um gasto de 1.500 até 120 mil dólares num programa de intercâmbio.
Mesmo optando por um intercâmbio mais caro, como os de ensino superior, é possível economizar através do planejamento. “Comprar a passagem em uma época em que a taxa do câmbio está mais baixa, pesquisar valores de cursos em diferentes destinos e incluir na planilha financeira gastos extras como transporte, refeições e passeios ajuda o estudante a economizar e prever o gasto total da viagem educacional”, finaliza.

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