Jovem câncer terminal aos 23 anos, cria ONG para conscientização

Através de sua ONG, Coppa Feel, ela luta para mostrar que a doença não atinge apenas mulheres e busca conscientizar jovens sobre o problema.
Foto: Reprodução
Em meio a dias comuns da rotina de uma jovem de 23 anos, o dia de uma notícia determinante eternizou-se na memória de Kriss Hallenga. “O dia estava lindo. Eu consigo lembrar exatamente o que eu estava vestindo, essa minissaia com meia calça. Minha mãe disse que era curta demais, mas mesmo assim eu vesti. O médico entrou na pequena sala, e de uma maneira nada direta, disse que eu tinha câncer de mama”, lembra. Uma semana depois do diagnóstico os exames mostraram que o câncer havia se espalhado para sua coluna dorsal. Isso foi há 5 anos.”Eu tinha câncer em estágio 4, e não existe estágio 5. Eu sei que os remédios podem parar de funcionar a qualquer momento, por isso, até lá, eu quero viver intensamente.” Jane, a mãe dela, diz: “isso foi o fim da inocência dela”.
Kris diz que nunca vai saber se estaria livre do câncer de mama se tivesse sido diagnosticada mais cedo. Desde o primeiro diagnóstico o câncer já havia se espalhado para a pélvis, fígado e quadril, e ela também tem um tumor no cérebro. Ela vai ao hospital todo mês, faz ultrassonografia a cada três meses, e toma uma variedade de medicamentos para ajudar a retardar a expansão da doença. “Quando fui diagnosticada, eu li que a minha expectativa de vida seria de apenas de dois a três anos. Graças ao tratamento, eu estou aqui cinco anos depois, assim como o meu câncer”, conta.
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Além de combater o próprio câncer, Hallenga decidiu iniciar uma luta para conscientizar jovens, em escolas e festivais de música, sobre a importância do diagnóstico precoce. Ela está determinada a fazer com que outras jovens sejam treinadas a perceber os primeiros sinais da doença e examinar suas mamas regularmente. Apesar de o risco de contrair a doença aumentar de acordo com a idade, alguns estudos sugerem que tipos de câncer de mama diagnosticados em mulheres jovens podem ser mais agressivos. Quanto mais cedo o diagnóstico, menores são as chances que o câncer terá de se espalhar para outras áreas do corpo.
Hallenga tornou-se uma voz de conforto para outras jovens mulheres que também receberam o diagnóstico tardiamente. A família dela, no entanto, deseja apenas que ela tenha tempo de descansar. Segundo Hallenga, não existe folga quando se vive com câncer avançado e que, no entanto, ela aproveita tudo o que a vida lhe oferece. No seu twitter ela diz que gostaria de ser descrita como alguém que está “simplesmente vivendo” e completa: “o câncer me deu uma vida e um sentido para o que faço com ela.” A irmã dela diz: “Ela é essa supermulher tentando salvar vidas e tentando combater esse câncer”.
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Com informações de BBC.

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