HPV: o vilão do câncer de colo de útero

A doença pode ser evitada se as mulheres realizarem exames de rotina e se prevenir do HPV
Por Samantha Cerquetani - Publicado 23/06/2015 - Atualizado 23/06/2015
HPV: o vilão do câncer de colo de útero
Prevenção ao HPV e realizar exames de rotina são algumas estratégias para diminuir os riscos do câncer de colo do útero
O câncer do colo do útero é o terceiro mais incidente na população feminina brasileira. A doença poderia ser evitada se as mulheres se conscientizassem dos riscos da contaminação pelo papilomavírus humano (HPV) e realizassem exames de rotina com frequência. 
“Apesar dos seus altos índices, principalmente no Nordeste, há a prevenção primária, onde meninas de 9 a 13 anos, antes de iniciar a atividade sexual são imunizadas. As mulheres também podem realizar o Papanicolau e a Citologia Oncótica nas consultas de rotina”, destaca o oncologista e integrante do board científico do Instituto Lado a Lado pela Vida, Ricardo Caponero. 
De acordo com o especialista, a doença pode demorar até 10 anos para se desenvolver após o contato com o vírus. Sendo assim, há tempo suficiente para diagnosticar as lesões pré-malignas e tratá-las antes da progressão. Em estágios iniciais, as lesões do colo do útero geralmente são superficiais e curáveis, na maioria das vezes. 
A principal estratégia de proteção é: manter relações sexuais com preservativos e ter poucos parceiros. “Com medidas efetivas de prevenção, é lamentável vermos que o câncer de colo de útero, muitas vezes, mata mais mulheres do que o de mama, por exemplo”. A maioria das infecções pelo HPV é assintomática e geralmente regride espontaneamente. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV manifestarão a doença. “Após o início da atividade sexual, aumenta consideravelmente os riscos de a mulher contrair HPV. A vacina serve como uma prevenção, mas mesmo assim é imprescindível manter exames preventivos de rotina”, destaca Caponero. 

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