Cuidados paliativos: conheça a evolução dessa terapia

Cuidados paliativos: conheça a evolução dessa terapia

Atualmente, os médicos já perceberam a importância dessa atenção com o paciente, mas ainda há muito o que evoluir
Por Samantha Cerquetani - Publicado 14/08/2015 - Atualizado 14/08/2015
Cuidados paliativos: conheça a evolução dessa terapia
Os cuidados paliativos deixaram de ser vistos como desnecessários pelos especialistas de saúde nos últimos anos
O que importa no fim da vida? A pergunta foi feita pelo Dr. Ricardo Tavares de Carvalho, da Academia Nacional de Cuidados Paliativos durante o Seminário Internacional de Segurança do Paciente e Acreditação em Saúde. De acordo com o especialista, atualmente o Brasil é um dos piores países para se morrer no mundo, perdendo apenas para Uganda e Índia.  Reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como fundamentais no atendimento ao paciente terminal, os cuidados paliativos deixaram de ser vistos como desnecessários pelos especialistas de saúde nos últimos anos.
“O uso dos cuidados paliativos surgiu após uma crise na saúde pública e veio como resposta a essa carência humanizada para pacientes terminais. A morte é inevitável, mas hoje temos meios de fazer com que o paciente não sofra, sempre respeitando as suas vontades e valores”, destacou Carvalho. 
Para ele, o paciente quando está no fim da vida não tem tempo a perder e precisa de consultas médicas práticas e que respondam as suas dúvidas e principalmente eliminem os seus medos. “A humanização no atendimento é fundamental para que o médico possa ouvir o que o paciente deseja, seus medos, angústias e incertezas nesse momento. Acredita-se que dois terços da população vão precisar dos cuidados paliativos em algum momento da vida”.
Ele afirma que atualmente os médicos já perceberam a importância desse cuidado com paciente, mas ainda há muito o que evoluir. “É preciso mudar a mentalidade dos médicos de que os cuidados paliativos devem ser usados apenas em casos de doenças terminais. É uma forma de proteção ao paciente, é uma terapia que deveria ser incluída logo após o diagnóstico”, destaca.

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