Chance de câncer de mama é maior em fumantes

Pesquisa aponta uma forte relação entre o hábito e a doença
Foto: Reprodução
Por anos, especialistas têm questionado se o tabagismo está diretamente relacionado com o risco de câncer de mama ou se a associação é complicada pelo fato de que muitas mulheres que fumam também consomem álcool, que também tem sido ligado ao risco de câncer de mama. Estudos produziram resultados contraditórios. Agora, porém, pesquisadores da Sociedade Americana de Câncer analisaram dados de mais de 73 mil mulheres e encontraram forte evidência de uma ligação entre o tabagismo e o câncer de mama.
O estudo apontou que o tabagismo aumenta consideravelmente o risco de câncer de mama, especialmente quando as mulheres começam a fumar mais cedo. Os resultados mostraram que mulheres que começaram a fumar antes do primeiro ciclo menstrual foram 61% mais prováveis de desenvolver câncer de mama em comparação com mulheres não fumantes.
Os pesquisadores analisaram dados de mulheres matriculadas em um estudo que avaliou fatores de estilo de vida. Durante o acompanhamento de cerca de 14 anos, mais de 3.700 casos de câncer de mama invasivo foram encontrados. Quando as mulheres entraram no estudo, em 1992, elas tinham entre 50 e 74 anos. Elas forneceram informações sobre tabagismo, no passado e no presente. No início, cerca de 8% fumavam, cerca de 36% tinham parado e cerca de 56% nunca haviam fumado.
A incidência de câncer de mama invasivo foi 24% maior em fumantes e 13% maior em ex-fumantes, em comparação com não fumantes.
“As mulheres que começaram a fumar antes de seu primeiro período menstrual foram 61% mais propensas a ter câncer de mama do que as não fumantes”, destaca Mia Gaudet, líder da pesquisa. As mulheres que começaram após a primeira menstruação, mas 11 anos ou mais antes da primeira gravidez tiveram risco 45% maior, em comparação com não fumantes.
De acordo com Gaudet, a nova pesquisa sugere que o fumo, por si só, eleva o risco de câncer de mama. Os pesquisadores encontraram uma ligação ou associação, mas ainda não puderam provar a causa e o efeito.
Com informações do D24AM

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